A revolução ainda não cumprida

Abril! Abril uma vez mais e sempre.

A sensação de liberdade não me foi dada a conhecer. Mas, mesmo tento nascido já na democracia, sempre amei a Revolução dos Cravos. É um sinal de que Portugal quando quer, sabe ser diferente. Sabe fazer revoluções de cravos e não de tiros. Sabe acabar com a praga que o corrói, de forma limpa, eficaz e heróica. Que nós temos um jeito para ser heróis não há dúvida. Digam o que disserem, se não for "sofrido", não é um feito português de certeza. 

Para assinalar Abril, que devia ser relembrado todos os dias do ano por todos nós, PORTUGUESES, deixo-vos uma rapsódia de "canções de Abril", uma das armas com que lutava quem estava amordaçado no pensamento e na palavra. OBRIGADA AOS HERÓIS DE ABRIL. E VIVA A LIBERDADE!
 

Poema da Madrugada

Não é que não soubesse 

Que tudo tem um fim

Mas talvez eu não quisesse

Que desta vez fosse assim

Talvez eu não precisasse de mudanças,

Da passagem das estações

Talvez se fossemos sempre crianças,

Vivendo eternos Verões

Talvez se a vida não roubasse 

Os sonhos e a alegria

E o destino não nos trocasse

As voltas em cada dia

Queria saber que acordava de manhã

E tinha à minha volta tudo igual: a minha realidade, o meu mundo, a minha gente

Mas sei que é uma esperança vã,

Porque amanhã o mundo estará diferente.